Presidente turco tem um jantar marcado com o homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier. Da agenda constam ainda uma viagem a Colónia para conhecer uma das maiores mesquitas da Europa e conversações com a chanceler Angela Merkel em nome das boas relações e de um impulso da cooperação económica
Recep Tayyip Erdoğan rumou a Berlim numa missão de reconciliação com a Alemanha mas apesar do tapete vermelho estendido e de o esperarem honras militares o Presidente turco não escapou aos protestos de rua.
O chefe de Estado aterrou esta quinta-feira na capital alemã para uma visita oficial de três dias ao país, duplamente simbólica. É a primeira como Presidente e também a primeira desde que as relações com a Alemanha azedaram por causa do golpe de Estado fracassado de 2016 na Turquia.
A Alemanha conta com uma comunidade turca de cerca de três milhões de pessoas e apesar de muitos apoiarem Erdoğan, os críticos preocupam as autoridades.
Mais de três mil polícias foram mobilizados para garantir a segurança. Só em Berlim esperam-se 10 mil pessoas para protestos sobre os direitos humanos, liberdade de imprensa na Turquia e contra a ofensiva na Síria.
Erdoğan tem encontro marcado com o homólogo Frank-Walter Steinmeier e vai reunir-se com a chanceler Angela Merkel apesar da animosidade de vários dirigentes políticos que criticam a visita e falam numa "vitória da propaganda."
Do menu de conversações constarão temas como a candidatura da Turquia à adesão à União Europeia, ou o papel do país no conflito com a Síria. O Presidente turco também anunciou que vai pedir à Alemanha mais eficiência no combate aos grupos considerados terroristas como o PKK.