A 5 de outubro de 2017, o New York Times publicava relatos de atrizes assediadas por Harvey Weinstein. E depois veio o famoso hashtag lançado pela atriz Alyssa Milano.
Bastou apenas um ano para a expressão "Me Too" entrar para o vocabulário global e para muitos gigantes caírem. A 5 de outubro de 2017, o New York Times publicava relatos de atrizes assediadas por Harvey Weinstein, o homem que dominou Hollywood durante anos a fio.
Do outro lado do Atlântico, em França, a jornalista Sandra Mueller lançava um apelo para denunciar abusos sexuais no local de trabalho.
E depois veio o famoso hashtag lançado no Twitter pela atriz Alyssa Milano, que deu um testemunho na primeira pessoa.
O que aconteceu a seguir foi um fenómeno global sem precedentes. Manifestações, depoimentos, iniciativas inéditas como a liderada por Cate Blanchett no Festival de Cannes, onde oito dezenas de mulheres falaram de desigualdade.
E muitas carreiras houve que não resistiram. A queda em desgraça de Kevin Spacey sucedeu-se a várias acusações de assédio a jovens colegas masculinos.
No mundo da política, começaram a cair peças estratégicas, como o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon. Depois foi a vez do vice-primeiro-ministro Damian Green.
Até a normalmente impoluta Academia Sueca decidiu não atribuir o Nobel da Literatura face às acusações de violação envolvendo Jean-Claude Arnault, o marido de uma das suas constituintes.
O mais recente nome de dimensão mundial a ver-se enredado é português. Uma história de 2009, desenterrada pelo Der Spiegel, está a causar muitas dores de cabeça ao jogador da Juventus que vê ameaçados vários contratos publicitários.