Meio milhão nas ruas contra Brexit

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De  Bruno Sousa
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Theresa May deixa toda a gente insatisfeita: europeístas querem novo referendo, eurocéticos rejeitam prolongamento do prazo

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A maior manifestação de sempre para exigir uma nova consulta popular relativamente ao Brexit. O objetivo foi mais que cumprido e as 100 mil pessoas aguardadas nas ruas de Londres acabaram por ser mais de 600 mil, de acordo com os números avançados pela organização. A Scotland Yard admitiu ser incapaz de avançar com o número de manifestantes.

Em comum, a vontade de colocar um travão à saída da União Europeia. Sadiq Khan foi um dos presentes e para o "mayor" de Londres é urgente realizar uma nova consulta popular uma vez que as regras do jogo mudaram:

"Algumas das promessas feitas há dois anos não foram cumpridas. Ninguém falou sobre a possibilidade de termos de aceitar um mau acordo ou de não se chegar a um acordo para a saída. Sob estas circunstâncias, penso que os britânicos deviam poder dizer se aceitam ou não o desfecho destas negociações e ter a opção de ficar na União Europeia."

No entanto a insatisfação não se limita aos europeístas. Os defensores do Brexit também estão descontentes com as negociações para a saída e Nigel Farage não hesita em apontar o dedo:

"Infelizmente estive na cimeira europeia esta semana em condições bastante humilhantes... a Theresa May concordou em prolongar o período de transição em um ano. Mais um ano em que não poderemos fazer as nossas leis, nem controlar as nossas fronteiras, nem apanhar o nosso peixe. E ainda quer pagar mais 20 mil milhões de libras para isso. O problema aqui não é o Brexit, o problema é a nossa primeira-ministra."

A pouco mais de cinco meses da data limite para a saída do Reino Unido, o prolongamento admitido por Theresa May não só não agradou a gregos nem a troianos, como conseguiu deixar ambos os lados insatisfeitos. Quanto à possibilidade de realizar um segundo referendo, por enquanto a porta está fechada.

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