O acordo assinado entre Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev está em vigor desde 1987.
A corrida ao armamento nuclear por parte dos Estados Unidos e da Rússia pode voltar aos tempos da guerra fria, a acreditar no presidente norte-americano Donald Trump, que diz querer retirar os Estados Unidos do tratado com a Rússia para a eliminação dos mísseis nucleares de médio alcance.
A administração Trump alega violações por parte da Rússia para este abandono do tratado. O Conselheiro de Segurança Nacional John Bolton anunciou no Twitter que vai a Moscovo para reuniões com as autoridades russas, incluindo com o chefe da diplomacia Serguei Lavrov.
Para o analista Dmitry Oreshkin, o facto de esta ser uma nova geração de políticos faz com que o cenário seja ainda pior: "Estamos a mergulhar, de novo, na situação da guerra fria, como no fim da União Soviética, com consequências semelhantes. Mas agora pode ser pior, porque Putin pertence a uma geração que não viveu a guerra. São pessoas que não têm tanto medo da guerra como tinham as da geração de Brejnev. Acreditam que conseguem amedrontar o Ocidente se usarem as técnicas adequadas".
O acordo que Trump quer agora denunciar foi assinado em 1987, em Washington, pelo presidente americano da altura, Ronald Reagan e pelo líder da então União Soviética Mikhail Gorbachev. O tratado resistiu ao fim da URSS e a várias transformações políticas, mas pode não sobreviver a Trump e Putin.