A chanceler alemã enfrenta, no fim de semana, uma verdadeira prova de fogo. As sondagens mostram a CDU a perder muito terreno na eleiçâo regional no Hessen. Um resultado catastrófico neste estado pode ser o princípio do fim do seu reinado político.
Duas semanas após uma deceção eleitoral na Baviera, Angela Merkel e a coligação que governa a Alemanha enfrentam outro escrutínio de alto risco. A eleição regional no Hessen.
A situação anuncia-se complicada para a CDU, com as sondagens a mostrarem uma dinâmica forte para a extrema-direita e também para os Verdes, que já na Baviera alcançaram a segunda posição há duas semanas e têm aqui uma previsão eleitoral de, no mínimo, 20%.
O partido ecologista parece estar a mudar de paradigma, como refere o cientista político do German Marshall Fund, Jan Techau:
"A questão é saber se este sucesso se consolidará acima de 20%. Não podemos responder a essa pergunta já , mas agora isso parece provável. Isto significa que os Verdes podem evoluir de uma instância de poder excecional para um poder permanente, possivelmente até a nível federal. Isso é algo para o qual não só a Alemanha tem que estar preparada, mas também outros países europeus e americanos ".
A prova da importância do escrutínio é que a chanceler foi para o terreno apoiar o dirigente do land, Volker Bouffier. A julgar pelas sondagens, a CDU deverá perder cerca de 12 pontos percentuais. A confirmarem-se este números, os 4,4 milhões de eleitores do Hessen poderão começar a ditar no domingo o fim do reinado de Angela Merkel.
A chanceler está sob duas fortes ameaças se a derrota for importante: por um lado, o relançamento do debate interno na CDU sobre a sua sucessão; por outro, a pressão do SPD para deixar a coligação governativa.