Presidente dos EUA visitou o palco do ataque a tiro em sinagoga mas foi recebido com protestos.
Em Pittsburgh, no estado norte-americano da Pensilvânia, é tempo de luto. O ataque a tiro na sinagoga "Tree of Life" abriu feridas profundas no seio da comunidade judaica, que Donald Trump tentou apaziguar.
Acompanhado pela mulher Melania, o presidente dos EUA deslocou-se ao palco da tragédia mas pela frente encontrou protestos, numa visita que se tornou tudo menos cómoda.
A família de uma das 11 vítimas mortais e o autarca local chegaram ao pedir a Trump que não se deslocasse ao terreno.
"Estou contra Trump, contra as políticas que defende e contra os seguidores. Não é a altura certa para vir a Pittsburgh, em particular a este bairro", disse uma das manifestantes.
Este foi o ataque mais mortífero contra a comunidade judaica na história dos EUA.
"Penso que a visita do presidente foi uma manobra de distração. Julgo que diminui a nossa capacidade, enquanto bairro, de fazer o luto. Temos feito isso mesmo ao longo de vários dias e agora, de repente, porque o presidente quer vir até cá, temos de fechar as ruas e mais ninguém pode vir", acrescentou outra manifestante.
A atriz Bette Midler também se pronunciou sobre a visita através do Twitter.
Uma carta escrita pela organização "Bend the Arc", um movimento de judeus progressistas, e assinada por cerca de 70 mil pessoas, refere que Trump não será "bem-vindo" a Pittsburgh enquanto não rejeitar completamente o supremacismo branco.
O presidente dos EUA tem apelado à união para vencer o ódio.