Roma faz finca-pé na reunião do Eurogrupo e mantém orçamento que Bruxelas recusou. Centeno relembra que Itália só tem mais uma semana para mudar de ideias.
Nem Mario Draghi, nem Mário Centeno, nem Pierre Moscovici, nem nenhum dos ministros das Finanças da zona euro reunidos em Bruxelas conseguiram convencer a Itália a fazer marcha atrás. Roma mantém o orçamento que apresentou para 2019, rejeitado pela Comissão Europeia há duas semanas.
Esperamos um diálogo construtivo que reforce o compromisso italiano em preservar as contas públicas perante os parceiros europeus.
Presidente do Eurogrupo
A recusa assenta na subida prevista do défice italiano em 0,8%, arriscando mais instabilidade na moeda comum. Há já quem exija sanções.
Centeno tentou por água na fervura, dizendo que "Itália tem mais uma semana para avançar com um novo orçamento. Esperamos um diálogo construtivo que reforce o compromisso italiano em preservar as contas públicas perante os parceiros europeus e os mercados".
O facto é que o governo italiano defende o aumento dos gastos públicos para estimular o crescimento económico e poder reduzir aquela que é a segunda dívida mais elevada da União Europeia, 131% do PIB.
O Comissário dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, relembra que isto "não se trata de uma negociação" e que "regras são regras".