A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) fez uma estimativa mundial dos efeitos destas resistências. O número refere-se à Europa, América do Norte e Austrália.
A OCDE prevê 2.4 milhões de mortes até 2050, devido a resistências a antibióticos. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) fez uma estimativa mundial dos efeitos destas resistências. O número refere-se à Europa, América do Norte e Austrália. A organização alerta ainda que é preciso fazer mais para resolver o problema, que descreve como sendo: "uma das maiores ameaças à medicina moderna".
O médico especializado em doenças infecciosas, Panagiotis GARGALIANOS explica que: "a responsabilidade recai sobre os médicos, os hospitais, o estado e, é claro, os cidadãos também têm a sua responsabilidade, quando tomam medicamentos sem receita médica e tomam antibióticos sem razão, mesmo para uma simples constipação. Por causa do uso de antibióticos, assistimos à criação de bactérias resistentes, que por sua vez infectam, principalmente, a população vulnerável, os idosos, crianças pequenas e recém-nascidos, mas também pessoas com doenças subjacentes que também podem correr risco de vida ou perder qualidade de vida".
Segundo o estudo da OCDE, mais de 40 mil pessoas podem morrer em Portugal em consequência de infeções por bactérias resistentes. Portugal poderá ter uma média de mais de 1.100 mortes por ano, até 2050.