Jornal Telegraph noticia a pressão de um quinteto de ministros sobre a primeira-ministra para regressar a Bruxelas e alterar partes do acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia
Um grupo de cinco ministros no executivo de Theresa May está a tentar convencer a primeira-ministra britânica a alterar algumas partes do pré-acordo estabelecido com a União Europeia para o Brexit.
A notícia foi avançada pelo jornal Telegraph, no final de um dia marcado pelas nomeações de novos membros do governo, incluindo o regresso de Amber Rudd.
Num momento em que também se discute o futuro de Theresa May à frente do Partido Conservador e, por conseguinte, do Governo, a antiga ministra do Interior defende que"este não é o momento de mudar o líder".
"Este é, sim, o tempo de juntarmos forças e percebermos de uma vez quem estamos nós aqui a servir e quem está aqui para ajudar o país", afirmou Amber Rudd.
Um dos que se mantém ao lado de May é Michael Gove, um dos membros do governo apontados pelo Telegraph que ainda tentam melhorar o pré-acordo celebrado por May com o Bruxelas e que foi apresentado quarta-feira no parlamento britânico.
Para o ministro do Ambiente "é vital" melhorar o Brexit "nas áreas que mais interessam ao Reino Unido" e essa deve ser agora a prioridade, deixando subentendido que embora se mantenha ao lado da primeira-ministra, não está totalmente ao lado da proposta de May para o "brexit".
Além de Amber Rudd, que regressa como ministra do Trabalho e das Pensões, Stephen Barclay é outro dos novos nomes, tendo sido o escolhido para suceder a Dominic Raab como ministro para o "brexit".
A primeira-ministra tem estado sob forte pressão e poderá vir a enfrentar uma moção de censura do próprio partido, promovida pelo deputado Steve Baker.
O deputado conservador está a tentar organizar o voto de "rebelião" e basta 15 por cento da bancada parlamentar dos conservadores estar de acordo com Baker para o processo avançar contra a primeira-ministra britânica