Coletes amarelos bloqueiam petroliferas

A manhã fria sentida em França pouco arrefeceu o ambiente de contestação que se faz sentir desde o fim-de-semana.
Os coletes amarelos continuam na rua a cortar estradas e interromper o trânsito, Esta segunda-feira, passaram também a bloquear petrolíferas, contra o aumento dos impostos sobre o combustível.
O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, já reagiu às manifestações que começaram no fim-de-semana, mostrando-se irredutível quanto às medidas do executivo. "Este rumo é bom e vamos mantê-lo, não andamos ao sabor da maré. Vamos continuar o projeto traçado pelo presidente, vamos mantê-lo, temos de o fazer. (...) França é liberdade de expressão, liberdade de manifestação, mas não é anarquia. (...) Nós simplesmente queremos ter certeza de que as taxas sobre o carbono e a poluição pesam mais do que os impostos sobre o trabalho, isso é essencial se quisermos garantir a prosperidade de França", afirmou.
O governo francês tinha já anunciado o aumento das ajudas para pagar faturas como a do gás, da eletrecidade, ou do combustível. Mas as palavras do governo não moderaram o tom dos protestos. Mais de 300 mil franceses responderam a um apelo que partiu das redes sociais, e, numa manifestação sem vínculo sindical, têm vindo a contestar a política fiscal de Macron e do executivo francês.
As manifestações já provocaram um morto, 14 feridos graves e cerca de 300 ligeiros. Os coletes amarelos estão na rua desde o fim-de-semana e prometem parar Paris, no próximo sábado.