Tragédia de 14 de agosto provocou 43 mortos
Quatro meses depois, o colapso da ponte Morandi, em Génova, continua a dominar o dia-a-dia da cidade italiana. A catorze de agosto a queda de uma secção de 200 metros do tabuleiro levou uma dúzia de automóveis a uma queda de cinquenta metros, morreram quarenta e três pessoas.
As feridas ainda não sararam e o regresso à normalidade faz-se devagar. Muito devagar.
Iris Bonacci investiu as poupanças de uma vida na compra de uma casa... a casa continua de pé mas a professora de 55 anos não voltará a entrar. O edifício será demolido por razões de segurança. A italiana não se conforma:
"Sinto raiva, sinto dor. Estou muito triste, gostava muito desta casa. O facto de ainda estar de pé e de ter de ser demolida é algo que não consigo aceitar."
A casa de Iris Bonacci encontra-se na zona vermelha, uma área de risco junto à ponte Morandi. As cerca de 300 famílias que aqui moravam tiveram de abandonar as suas casas.
O autarca de Génova, Marco Bucci, é o responsável pela reconstrução e anunciou a vontade de começar os trabalhos de demolição nos próximos dias.
Pretende cumprir a promessa que fez e ter uma ponte nova em funcionamento até ao fim de 2019. Os investigadores, no entanto, continuam as investigações para apurar a causa do colapso e dizem que precisam de mais tempo.
A reconstrução da ponte e da zona afetada pelo colapso são uma prioridade para as autoridades locais e representam um investimento de 430 milhões de euros.