Colapso da Ponte Morandi ainda faz sofrer Génova

Colapso da Ponte Morandi ainda faz sofrer Génova
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De  Bruno SousaGiorgia Orlandi
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Tragédia de 14 de agosto provocou 43 mortos

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Quatro meses depois, o colapso da ponte Morandi, em Génova, continua a dominar o dia-a-dia da cidade italiana. A catorze de agosto a queda de uma secção de 200 metros do tabuleiro levou uma dúzia de automóveis a uma queda de cinquenta metros, morreram quarenta e três pessoas.

As feridas ainda não sararam e o regresso à normalidade faz-se devagar. Muito devagar.

Iris Bonacci investiu as poupanças de uma vida na compra de uma casa... a casa continua de pé mas a professora de 55 anos não voltará a entrar. O edifício será demolido por razões de segurança. A italiana não se conforma:

"Sinto raiva, sinto dor. Estou muito triste, gostava muito desta casa. O facto de ainda estar de pé e de ter de ser demolida é algo que não consigo aceitar."

A casa de Iris Bonacci encontra-se na zona vermelha, uma área de risco junto à ponte Morandi. As cerca de 300 famílias que aqui moravam tiveram de abandonar as suas casas.

O autarca de Génova, Marco Bucci, é o responsável pela reconstrução e anunciou a vontade de começar os trabalhos de demolição nos próximos dias.

Pretende cumprir a promessa que fez e ter uma ponte nova em funcionamento até ao fim de 2019. Os investigadores, no entanto, continuam as investigações para apurar a causa do colapso e dizem que precisam de mais tempo.

A reconstrução da ponte e da zona afetada pelo colapso são uma prioridade para as autoridades locais e representam um investimento de 430 milhões de euros.

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