Marcelo Freixo alega estar a ser uma vez mais ameaçado e as autoridades terão descoberto um plano a ser preparado para matar este sábado o amigo e aliado da vereadora carioca assassinada em março
Na véspera da passagem de nove meses sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do respetivo motorista, Anderson Gomes, a policia civil do Rio cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão relacionados com esses homicídios e, entretanto, terá conseguido evitar o homicídio de outro ativista contra o crime organizado carioca.
De acordo com o Jornal O Globo, as autoridades tero recebido uma denúncia anónima a revelar um plano para matar este sábado o deputado estadual, e futuro deputado federal, Marcelo Freixo, um conhecido amigo e aliado de Marielle Franco.
Pelo Twitter, Freixo revelou esta mesma quinta-feira estar a ser ameaçado numa altura em que se completam dez anos sobre o relatório da comissão parlamentar de inquérito (CPI), que dirigiu em 2008, numa investigação à ação de milícias no Rio de Janeiro.
O deputado estadual, eleito em outubro para o parlamento federal, revela estar "a contar com proteção policial" desde que presidiu à referida CPI, por "receber inúmeras ameaças concretas de morte."
"Apresentei medidas para o enfrentamento dos milicianos. O que foi feito? Nada", critica Freixo pela mesma rede social na internet.
O plano para assassinar o deputado estadual do Rio de Janeiro, pelo Partido Socialismo e Liberadde (PSOL), estaria a ser preparado por um polícial militar e dois comerciantes.
O trio organizado, que teria agora Marcelo Freixo no alvo, já estaria sob investigação da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro como suspeitos da autoria do assassinato, a 14 de março deste ano, de Marielle Franco e Anderson Gomes.
O alegado plano para assassinar o conhecido aliado de Marielle Franco mereceu também a condenação da viúva da vereadora assinada.
Pelo Facebook, Monica Benicio assinalou a marca de nove meses celebrada esta sexta-feira sobre a alegada "execução" de Marielle, criticou a falta de respostas sobre os autores desse crime e alertou para as ameaças constantes sobre os "amigos" Jean Wyllis e Marcelo Freixo.
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As tentativas de silenciamento são ataques a nossa democracia. Mais do que nunca estaremos juntas. Ninguém solta a mão de ninguém", escreveu Mónica Benicio na sua página pessoal, apelando a "toda a solidariedade", numa publicação em que anexou uma outra do PSOL.
O partido da esquerda brasileira garante que vai continuar a cobrar "resultados, justiça e proteção do poder público", e a denunciar "as milícias, os esquemas e o extermínio das periferias."