Tony Blair: "Referendo Brexit é bastante provável"

Tony Blair: "Referendo Brexit é bastante provável"
De  Euronews
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O antigo primeiro-ministro britânico Tony disse à Euronews que é bastante provável a realização de uma nova consulta popular sobre a saída Reino Unido da União Europeia. Blair falou ainda sobre onda populista que ameaça a Europa.

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Um segundo referendo sobre o Brexit é bastante provável. A afirmação pertence a Tony Blair numa entrevista à Euronews conduzido pelo editor de politica em Bruxelas. O antigo primeiro-ministro britânico trabalhista descartou a possibilidade de não haver acordo.

"A melhor que a primeira-ministra pode fazer é perceber que o acordo dela acabou... Não vai ser aprovado. Não acho que vai ser aprovado nem que obtenha concessões sobre a questão irlandesa. Mesmo agora, se ela quisesse, poderia facilitar uma decisão do parlamento porque, no fim de contas, tem que existir um voto sobre as opções do Brexit. E ao não haver acordo terá que haver novo referendo. A possibilidade de um "não acordo", já agora, que preocupa muita gente na Europa, não existe. O Parlamento não vai permitir isso. Se não concordarem numa opção de Brexit terá que haver referendo. Por isso é que eu acho que é mais de 50 % provável nós voltarmos com um argumento fresco perante o povo britânico para ele possa decidir sobre isso", afirmou.

Tony Blair também afirmou que a União Europeia não vai entrar em colapso devido aos desafios populistas que enfrenta e que sempre soube enfrentar esse tipo de desafios.

"Estas crises sempre foram usadas pelos eurocéticos para dizer que o projeto europeu se vai desintegrar. E isso nunca aconteceu. Continuou e vai continuar porque, no final de contas, as razões para a Europa existir são muito fortes e muito poderosas, num mundo em que cada vez mais vai ser dominado pelos gigantes. América, China e possivelmente Índia. A Europa e todos os seus estados membros precisam de se unir, têm que se juntar para proteger os seus valores e interesses... aquele arquétipo racional europeu que no fim vai suplantar estas crises periódicas, apesar de severas", explicou.

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