Emmanuel Macron pronunciou um discurso de Ano Novo crispado contra os mais extremistas dos coletes amarelos.
Os coletes amarelos, que marcam a agenda política em França, foram o alvo de Emmanuel Macron no discurso de Ano Novo.
Num tom particularmente tenso, o presidente não poupou os mais extremistas:
"Alguns usam o pretexo de falarem em nome do povo - mas qual povo, de onde? como? Não sendo mais do que porta-vozes de uma multidão odiosa, que ataca os eleitos, as forças da ordem, os jornalistas, os judeus, os estrangeiros, os homossexuais, são simplesmente a negação da França".
Palavras que muitos coletes amarelos ouviram nas ruas de Paris, onde voltaram a sair, desta vez para celebrarem a chegada do Ano Novo em paz. Como votos para 2019, pedem ao presidente que os ouça: "O que pedimos é que o nosso presidente nos ouça porque, até agora, tudo o que lhe dizemos ele não ouve, ou finge que ouve".
A violência das últimas semanas fazia temer um reveillon de alto risco. Quase 150 mil membros das forças de segurança foram destacados por todo o país.
A calma prevaleceu mas os coletes amarelos não estão resignados e lançam já apelos a mais manifestações, enquanto se espera o lançamento de um debate nacional.