Antigo presidente da Costa do Marfim absolvido pelo Tribunal Penal Internacional

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De  Euronews com LUSA e AFP
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Laurent Gbagbo foi acusado de crimes de guerra e contra a Humanidade em 2011. Os juizes consideraram que a acusação "falhou na apresentação de provas".

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Os juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) absolveram os antigos Presidente e ministro da Juventude da Costa do Marfim Laurent Gbagbo e Charles Ble Goude de crimes cometidos na sequência das eleições de 2010.

Segundo o presidente do TPI, CunoTarfusser, a maioria do coletivo de três juízes considerou que a acusação "falhou na apresentação de provas" contra os dois antigos governantes.

A defesa de Gbagbo e Ble Goude tinha pedido a absolvição dos dois homens por falta de provas num julgamento que começou há três anos.

Primeiro antigo chefe de Estado a ser levado perante o Tribunal Penal Internacional, Gbagbo, de 73 anos, foi a julgamento por crimes cometidos durante a crise pós-eleitoral de 2010-2011.

O conflito começou depois de  Laurent Gbagbo ter recusado ceder o poder ao seu rival e atual Presidente Alassane Ouattara.

Morreram mais  de 3 mil pessoas em cinco anos.

A libertação dos acusados foi suspensa até quarta-feira para dar tempo à acusação para responder à decisão do TPI.

Os dois homens eram acusados de quatro crimes contra a humanidade: morte, violação, perseguição e outros atos desumanos pelos quais se declararam não culpados.

A decisão dos juízes representa novo revés para o TPI que tem encontrado sempre obstáculos quando tenta julgar figuras políticas, nomeadamente de África.

O antigo vice-presidente congolês, Jean-Pierre Bemba, foi também absolvido, na sequência de um recurso, em junho de 2018, depois de ter sido condenado a 18 anos de prisão por crimes cometidos pela sua milícia na República Centro Africana, entre 2002 e 2003.

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