Primeira-ministra britânica continua no Governo, com 325 votos contra a moção e 306 a favor.
O Parlamento britânico rejeitou uma moção de censura ao Governo conservador da primeira-ministra Theresa May, com 325 votos contra e 306 a favor.
A moção foi apresentada na terça-feira à noite pelo Partido Trabalhista, depois de a Câmara dos Comuns ter chumbado, por 432 votos contra e 202 a favor, o acordo negociado durante 17 meses pelo executivo de May com Bruxelas para a saída do Reino Unido da União Europeia.
Dado a conhecer o voto, a primeira-ministra disse aos deputados da câmara baixa que queria encontrar-se com representantes dos partidos políticos com assento parlamentar:
"A Câmara depositou a sua confiança neste Governo. Estou pronta para trabalhar com todos os deputados deste parlamento para levar a cabo o Brexit. E para garantir quer o parlamento goza da confiança dos britânicos."
Jeremy Corbyn, o líder dos Trabalhistas, depressa respondeu que estava de acordo com negociações, mas sempre que a hipótese de um hard Brexit fosse posto de parte:
"Antes de quaisquer conversações positivas sobre o caminho a tomar, o Governo deve eliminar de uma vez por todas a ideia catastrófica de um Brexit sem acordo e todo o caos que daí poderia resultar."
A rejeição do acordo do Brexit foi a pior derrota infligida a um governante britânico desde a década de 1920 -, quando faltam menos de três meses para a saída do Reino Unido da UE, marcada para 29 de março.
Submetida a votação pelas 19:00 locais, a moção de censura, que o Governo venceu por uma margem de 19 votos, tinha poucas hipóteses de ser aprovada, já que o Partido Conservador de May apoio a primeira-ministra.
May contou ainda com o apoio do partido unionista norte-irlandês DUP, seu aliado, apesar de ter abandonado a coligação e votado contra o acordo de Brexit.
Juntos, o Partido Conservador e o DUP fazem, a maioria absoluta na câmara baixa do parlamento britânico.