O que começou com uma polémica, entre a recém empossada ministra da Agricultura e Gisele Bündchen, pode terminar numa história com um final feliz. Depois da troca de galhardetes, Tereza Cristina diz-se pronta a trabalhar com a antiga modelo contra a desflorestação.
O que começou como uma polémica, entre a recém-empossada ministra da Agricultura e Gisele Bündchen, pode terminar numa história com um final feliz. É pelo menos isso que espera Tereza Cristina.
A história começou com críticas da ex-modelo brasileira, radicada nos EUA, à forma como o país gere a questão ambiental. Recentemente, a embaixadora da boa vontade da ONU para a proteção da vida selvagem desde 2016, criticou um projeto de lei, ainda da era Temer, que pretende flexibilizar o registo de produtos químicos para a agricultura.
Já em funções, a detentora da pasta da Agricultura criticou estas declarações afirmando que Bündchen, que inclui no grupo dos "maus brasileiros" devia ser "embaixadora" do Brasil e não se meter nesta questão "sem conhecimento de causa".
Nas redes sociais Bündchen publicou parte da resposta que enviou à sua conterrânea. Uma longa missiva onde se mostra surpreendida com as palavras de Tereza Cristina, fala do seu percurso enquanto ativista das "causas socioambientais no Brasil" e do caminho que o país onde nasceu tem traçado no que diz respeito a esta matéria.
Sensibilizada, presume-se, com as palavras daquela que chegou a ser a modelo mais bem paga do mundo, a ministra - que é agora responsável por delimitar as terras indígenas, por decisão de Jair Bolsonaro - agradece-lhe a carta e diz-se disposta a "construir" com Bündchen - que afinal não é "em hipótese alguma uma má brasileira, mas sim um orgulho" para o país" - "uma agenda contra" a desflorestação "ilegal e a grilagem", ou seja, a apropriação indevida de terras utilizando documentos falsos.