Reforçando o eixo franco-alemão Angela Merkel e Emmanuel Macron pretendem dar um novo impulso à unidade europeia que tem sido pressionada com a crise económica, com a crise migratrice e com o anunciado "Brexit".
França e Alemanha reforçaram esta, terça-feira, as relações bilaterais.
O presidente francês e a chanceler alemã assinaram, na cidade germânica de Aachen, a extensão do Tratado do Eliseu, firmado em 1963.
Reforçando o eixo franco-alemão Angela Merkel e Emmanuel Macron pretendem dar um novo impulso à unidade europeia que tem sido pressionada com a crise económica, com a crise migratória e com o anunciado "Brexit".
"De outra forma, o nacionalismo e o populismo estão em ascensão nos nossos países. Pela primeira vez, com a Grã-Bretanha, um país está a sair da União Europeia. O multilateralismo está sob pressão em todo o mundo, quer seja na cooperação climática, no comércio mundial, na aceitação de instituições internacionais, até mesmo as Nações Unidas. 74 anos, o tempo de uma vida, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, parece que tudo isto está a ser novamente questionado", diz Merkel.
O reforço da cooperação entre Berlim e Paris gerou controvérsia em França, com os partidos extremistas a acusarem o Governo de perda de soberania.
Emmanuel Macron acusou os opositores de cumplicidade com os crimes do passado: "Aqueles que esquecem o valor da reconciliação franco - alemã são cúmplices dos crimes do passado, aqueles que caricaturam ou espalham as mentiras ferem a nossa história e o nosso povo, que eles alegam defender, querendo emaranhar as nossas histórias."
O novo tratado de cooperação franco-alemão prevê uma convergência das políticas económicas, externas e de defesa entre os dois países.
Angela Merkel afirmou que esta pode ser "uma contribuição para a futura criação de um exército europeu".
O acordo sublinha que os dois países permanecem comprometidos com a União Europeia e que Paris e Berlim vão continuar a combater a ascensão dos nacionalismos no seio do bloco.
Merkel e Macron esperam evitar que o aumento do euroceticismo ganhe forças nas eleições para o Parlamento Europeu, em maio.