Milhares de manifestantes, dos mais variados quadrantes da sociedade italiana, saíram às ruas para criticar as orientações económicas do governo.
Entre empresários e representantes de praticamente todos os grandes sindicatos italianos, o protesto convocado para este sábado reuniu vários milhares de manifestantes em Roma em torno de um só propósito: contestar as políticas económicas do governo antes que o país mergulhe irremediavelmente na recessão.
Segundo a líder da plataforma sindical CISL, Annamaria Furlan, estão em risco "todos os sacrifícios feitos ao longo dos últimos anos. O governo tem de parar, convocar os parceiros sociais e reverter a trajetória negativa do país, de forma a olhar para o futuro do mundo do trabalho".
Para Roberto Speranza, deputado do Movimento Democrático e Progressista (MPD), a Itália "corre o risco de dar um passo atrás. É muito preocupante ver dois trimestres seguidos em terreno negativo. Não basta haver programas de assistência. O emprego tem de voltar a ser colocado no centro da problemática. A mensagem tem de ser essa: o emprego é a prioridade absoluta".
Numa manifestação batizada precisamente de "Um Futuro no Trabalho" pedia-se uma política abrangente de investimentos públicos e privados, relembrando que estes caíram mais de 30% ao longo da última década, o que configura perto de 100 mil milhões de euros.