O que esperar das eleições europeias?

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Em entrevista à Euronews, o diretor e cofundador do think tank "VoteWatch Europe", Doru Frantescu, deixou antever a fragmentação no Parlamento

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Dentro de uma centena de dias, aproximadamente, os europeus vão às urnas. Mas desta vez as coisas prometem ser diferentes.

A imigração, o "Brexit" e a cibersegurança mudaram por completo o debate público em relação ao que a Europa pode, deve e precisa, ou não, de fazer.

O diretor e cofundador do think tank "VoteWatch Europe", Doru Frantescu, considera que os populistas aproveitaram a onda para se propagar, continuando a enfraquecer a arquitetura política existente.

"Veremos uma maior fragmentação do Parlamento. Os dois grandes grupos ficarão mais pequenos e os pequenos ficarão maiores. Isso significa que será muito mais difícil fazer coligações. Que as maiorias no próximo parlamento precisarão de mais pessoas à mesa para alcançar uma maioria", sublinhou, em entrevista à Euronews, Doru Frantescu.

Tudo aponta para que a nova câmara se traduza em algo nunca antes visto. Há o risco de os partidos antieuropeus ganharem o estatuto de uma minoria paralisante, o que poderia dar mais energia ao debate político sobre a Europa, acrescentou Frantescu: "Espero que a participação seja maior desta vez porque a Europa tem sido um assunto muito mais importante nas agendas dos Estados-membros, tanto por parte dos eurocéticos como por parte dos pró-europeus. Houve muitas crises tratadas pela União Europeia e o público sabe disso. Talvez alguns tenham gostado, outros não, mas têm uma visão."

A paisagem política europeia mudou muito ao longo dos últimos anos. Os guardiões da tradição e estabilidade têm sido desafiados por elementos que colocam em causa as regras. Mas será que todos seguiram as regras?

O porta-voz do Parlamento Europeu, Jaume Duch, diz que as pessoas estão conscientes de campanhas de desinformação no passado: "Penso que os cidadãos europeus foram inundados por informações de má qualidade através das plataformas digitais e afins. Estamos conscientes. É preciso voltar gradualmente à fonte normal de informações que são os meios de comunicação social profissionais."

Mas o lado negro do ciberespaço mantém-se com o risco de nova desinformação e potencial ingerência nas eleições. Tudo pode ser diferente, mas algumas coisas já não são novidade.

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