A RAI terá censurado o discurso de um intelectual que denuncia a falta de condenação do fascismo por parte da primeira-ministra Giorgia Meloni.
Uma polémica com uma alegada censura está a ensombrar as comemorações do Dia da Libertação em Itália. Não é só em Portugal que o dia 25 de abril é sinónimo de libertação do fascismo. Em Itália, no mesmo dia, festeja-se os 79 anos do fim da ocupação nazi e do regime de Mussolini.
Este ano, a polémica estalou após alegações de que a emissora estatal RAI impediu a transmissão de um discurso antifascista.
A emissora RAI terá retirado do ar um monólogo planeado pelo autor italiano Antonio Scurati, no qual este denunciava o fascismo e o que ele disse ser a recusa da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni em repudiá-lo.
Numa tentativa de pôr fim à questão, Meloni publicou o ensaio de Scurati na sua própria página de facebook, juntamente com uma introdução acusando a oposição de esquerda de criar um escândalo onde ele não existia.
O partido Irmãos de Itália, de Meloni, tem tentado distanciar-se das suas raízes neofascistas, que emergiram na paisagem política após a queda do ditador Mussolini.