Os sociais-democratas alemães manifestaram-se contra a violência da extrema-direita após um ataque na noite de sexta-feira que hospitalizou Matthias Ecke, o principal candidato do SPD na Saxónia para as eleições europeias.
O Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e o Partido Social-Democrata da Europa realizaram um congresso em Berlim como uma demonstração de força contra a extrema-direita que está a ganhar força em toda a Europa.
O SPD tem registado uma baixa histórica nas sondagens, depois dos últimos anos economicamente difíceis, e tenta agora intensificar esforços para reconquistar o apoio do eleitorado, sobretudo depois do aumento de violentos ataques por grupos da extrema-direita.
O Chanceler alemão Olaf Scholz instou os eleitores a não votarem em partidos de extrema-direita. “A democracia está ameaçada por essas coisas, e, portanto, aceitá-las com um encolher de ombros nunca é uma opção. Devemos estar unidos contra isso”, disse.
Scholz também alertou contra o aumento da violência por parte da ala mais à direita e acrescentou que “são direcionados contra políticos e autarcas das cidades pequenas. A democracia está ameaçada por esses atos”, alertou, apontando para o outro ataque contra um ativista de 28 anos, membro do partido dos Verdes alemão.
A agressão terá sido realizada pelo mesmo grupo que agrediu o membro do SPD. Ecke, de 41 anos, está internado e aguarda por cirurgia.
O líder social-democrata europeu Stefan Loefven e o candidato de centro-esquerda para chefiar a Comissão Europeia, Nicolas Schmit, prometeram não colaborar com partidos de extrema-direita se houver necessidade de coligações.
O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) já condenou o ataque ao candidato do SPD e atual eurodeputado, Matthias Ecke.