Os sete deputados demissionários formaram um grupo independente na Câmara dos Comuns
Sete deputados demitiram-se esta segunda-feira do Partido Trabalhista britânico.
Os sete deputados da oposição justificaram a decisão com o posicionamento do líder trabalhista Jeremy Corbyn perante o Brexit e o anti-semitismo.
Os sete deputados formam agora um grupo independente no parlamento britânico. A antiga deputada trabalhista, Luciana Berger, denunciou o anti-semitismo presente no partido.
"Os valores que defendo constituem aquilo que sou. Estes valores têm sido consistentemente violados, minados e atacados. O partido trabalhista recusa-se a colocar os meus constituintes e o nosso país acima dos interesses do partido. Não posso continuar num partido que, acabo por concluir, é institucionalmente anti-semítico" disse a antiga deputada trabalhista, Luciana Berger.
"Estou furioso porque a liderança dos Trabalhistas é complícita com o Brexit que vai causar enormes danos sociais, económicos e políticos ao nosso país. Jeremy Corbyn e os seus aliados estão errados no que toca a muitas questões internacionais; da Rússia à Síria até à Venezuela. Um governo trabalhista de Corbyn ameaça a nossa segurança nacional e alianças internacionais", afirmou Mike Gapes, outro dos sete deputados que abandonaram a oposição para formar um grupo independente no parlamento britânico.
O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, também reagiu ao anúncio manifestando estar desapontado que os deputados não continuem a trabalhar para realizar as políticas definidas nas eleições de 2017.