Este sábado, um dos assessores do Papa admitiu que a Igreja Católica destruiu dossiers sobre casos de abuso sexual
A transparência é o tema em destaque no terceiro dia da cimeira no Vaticano sobre a proteção dos menores. A eliminação do segredo, a principal exigência das vítimas de abusos pelo Clero, continua a ser uma das propostas mais discutidas no encontro que reúne os presidentes das conferências episcopais de todo o mundo
Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo, acredita numa mudança.
“Eu sou o moderador de um pequeno grupo francês e, neste grupo, consigo perceber que existe uma mudança. Estão a ter consciência deste grande problema para a Igreja e acredito que as coisas vão mudar. Não sei se alguma coisa importante vai acontecer no fim desta reunião, mas as coisas estão a avançar. Estou muito feliz ".
Para Eamon Columbia Martin, líder da Igreja Católica na Irlanda, existe uma nova consciência e um compromisso.
"Sinto que há um compromisso em garantir que as nossas crianças e as pessoas vulneráveis estão seguras e que também estamos comprometidos com padrões mais elevados e com a responsabilidade em relação a esses padrões. Espero que no final da reunião, quando o Santo Padre falar, ele nos chame para compromissos, prevenção, escrutínio e para prestarmos contas”.
Neste sábado, Reinhard Marx, um dos assessores do Papa, admitiu que a Igreja Católica destruiu dossiers sobre abusos sexuais. O cardeal alemão defendeu a eliminação, nestes casos, da norma do segredo pontifício.