Líderes europeus mostram abertura para adiar Brexit

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Direitos de autor Reuters/Gonzalo Fuentes
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De  João Paulo Godinho
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Emmanuel Macron, Angela Merkel e Pedro Sánchez não excluíram a prorrogação da data de 29 de março para a saída do Reino Unido da União Europeia.

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A cerca de um mês da data para a saída do Reino Unido da União Europeia, o parlamento britânico vai tentar uma vez mais encontrar um consenso que evite o cenário de um não acordo.

A votos esta quarta-feira vão cinco emendas, entre as quais uma que pode decidir a extensão do prazo do Brexit: 29 de março.

Um adiamento precisaria da aprovação dos parceiros europeus, que demonstraram já alguma abertura. Contudo, o presidente francês, Emmanuel Macron, avisou que a proposta só será aceite se houver uma "nova perspetiva".

"A unidade do nosso ponto de vista é total. O acordo de saída não pode ser renegociado. Se os britânicos precisam de mais algum tempo, podemos analisar um pedido de extensão, se isso for justificado por uma nova escolha dos britânicos. Mas não podemos, em nenhuma circunstância, aceitar uma extensão sem uma perspectiva clara do objetivo definido", afirmou, à margem de um encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Por sua vez, Angela Merkel demonstrou maior abertura a uma eventual extensão da data e voltou mesmo a lamentar a decisão britânica de abandonar a União Europeia.

"O acordo está em vigor. Se o Reino Unido precisar de mais tempo, não recusaremos. Mas é claro que estamos à procura de uma solução que seja coordenada, uma saída coordenada da União Europeia. Lamentamos este passo, mas é realidade e temos de encontrar uma boa solução".

Em Espanha o tema do Brexit também foi alvo de análise. O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, garantiu que o país não se opõe a um prolongamento do prazo.

"Estamos dispostos - e isso eu também gostaria de fazer - a modificar, como governo de Espanha, a declaração [política] para torná-la mais ambiciosa, se o Reino Unido modificar as 'linhas vermelhas' que estabeleceu para a negociação", declarou.

Os deputados britânicos vão assim ter a oportunidade de apoiar uma proposta revista do acordo da primeira-ministra Theresa May, escolher uma saída sem acordo ou o pedido de adiamento da data de saída. A votação dessa decisão terá lugar entre 12 e 14 de março.

Outras fontes • Reuters / LUSA

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