Coletes amarelos querem "ato decisivo" em Paris

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Direitos de autor REUTERS/Christian Hartmann/Arquivo
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De  Rodrigo Barbosa com Lusa / AFP
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Confrontado à perda de vigor, movimento dos "coletes amarelos" pretende bloquear, entre hoje e domingo, a capital francesa, com manifestações e a ocupação das principais artérias da cidade

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Confrontado à perda de vigor, o movimento dos "coletes amarelos" inicia hoje em Paris o que chamou de "ato decisivo", pretendendo bloquear a capital francesa durante três dias, até domingo, com manifestações e a ocupação das principais artérias da cidade.

A mobilização para o décimo sétimo fim-de-semana de contestação foi mais uma vez convocada através do Facebook, sob o lema "Não nos moveremos!". Os organizadores esperam relançar o movimento, que tem vindo a perder força com o passar das semanas. Quando os protestos começaram, a 17 de novembro, mais de 280.000 pessoas sairam à rua em todo o país. No passado fim-de-semana, eram 39.000, segundo números do Ministério do Interior francês.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos reclamou esta quarta-feira um "inquérito aprofundado" aos episódios de violência policial que se registaram durante a contestação. A polémica cresceu em janeiro, depois de Jérôme Rodrigues, uma das figuras de proa do movimento, ter perdido o uso do olho depois de ser atingido por uma bala de borracha.

O presidente Emmanuel Macron, que tem animado uma série de debates pelo país, rejeitou ontem o termo "repressão" usado por um dos intervenientes:

"Se começarmos a confundir tudo e a dizer que manifestar-se pelas suas ideias, exprimi-las de forma livre na rua, é o mesmo que ser violento e fazer o pior, então deixa de haver um quadro democrático viável. É a minha responsabilidade fazer essa distinção."

O primeiro-ministro francês respondeu de forma seca às Nações Unidas, sublinhando que não esteve "à espera" do pedido e que existem já em curso "111 inquéritos" que dizem respeito a mais de 9000 casos do uso de balas de borracha durante os protestos. Edouard Philippe fez questão de lembrar também a "totalidade dos casos de extrema violência" registados contra "forças de segurança" e "bens públicos".

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