PPE aprova suspensão do partido de Viktor Orbán

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De  Ricardo Figueira
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Antes ainda da decisão, o primeiro-ministro húngaro tinha decidido suspender o partido que dirige da participação na estrutura de centro-direita do PE.

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O Partido Popular Europeu, união de partidos de centro-direita no Parlamento Europeu, suspendeu temporariamente o Fidesz, partido do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán. Antes ainda da decisão, Orbán tinha anunciado que se autossuspendia. A reunião foi marcada depois das várias acusações que recaíam sobre o Fidesz de violar os princípios europeus do estado de direito.

O líder do grupo parlamentar do PPE, Manfred Weber, da Alemanha, apoia a suspensão do Fidesz até que uma comissão independente investigue o cumprimento das regras democráticas na Hungria: "A exclusão do Fidesz não está fora da mesa, está na mesa. Temos este período em que o Fidesz está suspenso e aguardamos pela decisão do comité de avaliação. Foi um debate difícil, mas há uma necessidade óbvia de a levar a cabo", disse Weber.

Os cartazes com Jean-Claude Juncker e George Soros, considerados de campanha anti-União Europeia, foram a gota de água, mas há muito que os críticos dizem que Orbán está contra os valores europeus. O primeiro-ministro da Hungria, conhecido por ser um eurocético e pelas políticas anti-imigração, promete que não vai mudar.

Disse Orbán: "Um partido como o nosso não merece ser suspenso ou expulso. Se é esse o caso, levantamo-nos e saímos. Escolhemos uma solução que é a de suspender os nossos direitos até que este grupo de peritos acabe o relatório. Obviamente, não houve qualquer discussão de substância política. Toda a gente está obcecada com os jogos de poder. Quando intervim no debate, deixei claro que não tenho qualquer intenção de mudar a nossa política".

Nas eleições europeias de maio, espera-se uma vitória em larga escala do Fidesz. Pelo menos enquanto durar a suspensão, os deputados eleitos não vão poder juntar-se ao grupo do PPE.

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