O ex-presidente do Brasil Michel Temer foi detido em São Paulo por ordem de um juiz e levado para o Rio de Janeiro.
O antigo presidente do Brasil, Michel Temer, foi detido pela polícia federal em São Paulo, no âmbito da operação "Lava Jato", e levado para o Rio de Janeiro, onde foi posto em prisão preventiva. A detenção foi ordenada pelo juiz Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro e terá a ver com a delação premiada de um intermediário, Lucio Funaro, que terá ajudado a transferir 10 milhões de reais (2,3 milhões de euros) da construtora Odebrecht para a campanha do MDB, o partido de Temer, em 2014.
Este é apenas um dos dez casos investigados pela polícia brasileira que envolvem o nome do ex-presidente. No início de 2018, um ano antes de deixar o cargo, Temer deu uma entrevista à Euronews onde desmentiu ter comentido qualquer irregularidade: "Houve até denúncias em relação a mim, que eu refuto violentamente. É interessante notar que, em pouquíssimo tempo, os meus detratores foram desmascarados. Aliás, aqueles que me acusaram estão na prisão. Até membros do Ministério Público que participaram nesse processo estão agora desacreditados", disse o então presidente brasileiro.
A prisão terá também a ver com um outro caso, o de um suborno pago pela empresa Engevix, por intremédio do construtor José Antunes Sobrinho, que confessou o caso às autoridades. A polícia prendeu ainda o ex-ministro das Minas e Energia, Moreira Franco e fez buscas e apreensões em vários locais, incluindo a casa da filha de Temer, também a ser investigada.
Michel Temer foi presidente do Brasil desde a impugnação de Dilma Rousseff em 2016 até à tomada de posse de Bolsonaro, em janeiro deste ano.