Agircultora da Estremadura queixa-se da falta de infraestruturas

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De  Euronews
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A nove semanas das eleições europeias, a nossa viagem pelas estradas da Europa continua e a nossa equipa está agora em Espanha. A nossa paragem é agora Villafranca de los Barros, na Estremadura.

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A nove semanas das eleições europeias, a nossa viagem pelas estradas da Europa continua e a nossa equipa está agora em Espanha.

"A nossa próxima paragem é Villafranca de los Barros. A Estremadura é uma das regiões mais férteis e rica em matérias-primas, mas apesar disto é uma das comunidades mais pobres de Espanha. Quase metade da população vive com 700 euros por mês e mais de 13 mil jovens partiram nos últimos cinco anos. Com um comboio que demora seis horas para fazer 300 quilómetros, os habitantes queixam-se da falta de infraestruturas, que não permitem o desenvolvimento industrial e comercial da zona. Falámos com uma criadora de gado sobre tudo isto e sobre como a União Europeia afeta a sua vida no campo", diz a correspondente da Euronews em Espanha, Cristina Giner.

Brigida Lopez Godoy herdou esta terra do pai há 20 anos. "Isto é um negócio familiar. Nós sobrevivemos. Tomamos conta da minha mãe, tenho um salário e o resto reinvestimos", realça.

Nos arredores de Villafranca de los Barros, Brigida cria gado e cultiva grãos para alimentar os animais. "O campo tem muitos desafios. Precisamos de comboios e estradas. Sem infraestruturas não conseguimos escoar os nossos produtos. E precisamos de jovens. O campo está a envelhecer e se não se trouxerem jovens, o campo está morto", sublinha. 

A maioria dos agricultores da Estremadura recebe fundos da União Europeia, no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC). "Se não fosse a PAC, não estaríamos aqui agora. Não poderíamos viver, porque isto não dá lucro. Vemos Bruxelas como algo distante a ali há senhores que legislam e, muitas vezes, as diretivas que criam - creio que com muito boa vontade - não se adaptam à realidade daqui", acusa. 

"É que o nível da política desceu bastante e Espanha atravessa um momento muito complicado. Estamos a focar-nos no que já não tem nenhum sentido. Estamos a regressar ao passado. Estamos a fazer alguma coisa pelo envelhecimento da população? Não. Estamos a fazer algo para que a mulher possa conciliar o trabalho? Não. Estamos a gastar tempo e forças com disparates", afirma.

E Brigida diz que as coisas estão ainda a complicar-se mais com a chegada de mais um desafio: "São as alterações climáticas. Isto não é normal. A última vez que choveu foram apenas 4 litros e isso foi há um mês. É um desastre!"

A road trip da Euronews continua nos próximos dias por Espanha.

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