Ainda não se sabe quantos migrantes participaram no sequestro do navio cisterna recuperado pelas forças especiais maltesas
Um navio cisterna sequestrado ao largo da Líbia por um grupo de migrantes chegou esta quinta-feira ao porto de Valeta, em Malta.
As forças especiais maltesas tinham procedido a uma abordagem durante a manhã para recuperar o controlo da embarcação, com 108 migrantes a bordo, incluíndo três dezenas de mulheres e crianças.
Keith Demicolli, jornalista da Televisão Malta, explicou que "entre os migrantes, há crianças, famílias, pessoas inocentes que serão tratadas como requerentes de asilo. Mas o pequeno grupo que alegadamente sequestrou o navio, cujo capitão afirmou por várias vezes às forças maltesas que não estava em controlo, deverá ser julgado".
O navio cisterna resgatou os migrantes esta quarta-feira quando derivavam num barco em más condições ao largo da Líbia. O sequestro terá acontecido quando se tornou claro que o capitão pretendia reencaminhar os migrantes para território líbio.
De momento, não se sabe quantos migrantes participaram ativamente na tomada de controlo da embarcação.
Feroz defensor de políticas anti-imigração, o ministro do Interior italiano Matteo Salvini tinha afirmado que o seu país não abriria os portos a "criminosos" que cometeram um ato de pirataria.
Uma posição sem surpresas, já que Salvini já fechou várias vezes os portos mesmo a embarcações europeias que trabalham com ONGs que resgatam migrantes no Mediterrâneo.