Supremo Tribunal da Venezuela pediu levantamento da imunidade parlamentar do líder da oposição Juan Guaidó
O Supremo Tribunal da Venezuela pediu o levantamento da imunidade parlamentar do líder da oposição Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por cinco dezenas de países.
A mais alta instância do país, controlada pelo regime do presidente Nicolás Maduro, enviou o pedido à Assembleia Nacional Constituinte, orgão que também está nas mãos do poder.
Guaidó, que é oficialmente o presidente do Parlamento venezuelano, controlado pela oposição, é acusado pelo Supremo Tribunal de não ter respeitado uma proibição de sair do território, ao realizar uma digressão pela Colômbia, Brasil, Paraguai, Argentina e Equador, no fim de fevereiro e início de março.
À frente de mais uma manifestação contra o regime, Guaidó reagiu à decisão da máxima instância afirmando que "os que têm medo são os que usam armas e gás", sublinhando que ele e os seus apoiantes "mostram a cara em todos os momentos, porque não têm medo e vão seguir em frente".
Em teoria, a decisão do Supremo Tribunal poderia permitir que Guaidó fosse levado a tribunal mas, num país onde poder e contrapoder não se reconhecem mutuamente, as consequências são imprevisíveis.
Em resposta aos apagões que têm aprofundado a crise no país, Maduro afastou esta segunda-feira o general que ocupava o cargo de ministro da Energia e a chefia da companhia elétrica estatal, entregando as funções a um engenheiro que, segundo o presidente venezuelano, conta com 25 anos de experiência na indústria.