Macron lança medidas para combater a crise em França

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Direitos de autor Christophe Petit Tesson/Pool via REUTERS
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Depois de ouvir as reivindicações dos franceses, Macron sai do Grande Debate Nacional com linhas orientadoras para "transformar França".

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Emmanuel Macron dirigiu-se aos franceses para apresentar medidas de combate à crise em França. Pressionado por cinco meses de manifestações de coletes amarelos, o presidente francês apresentou as orientações para a segunda parte do mandato.

Depois de dois meses a ouvir as reivindicações dos franceses, Emmanuel Macron sai do Grande Debate Nacional com linhas orientadoras para "transformar França".

O presidente francês assumiu a necessidade de reformar o sistema democrático, aproximando o poder dos cidadãos. Uma diretriz que, para Macron, deverá passar pela descentralização do serviço público, a redução do número de parlamentares e do número de mandatos, pelo recurso a referendos de iniciativa partilhada e pela criação de um conselho consultivo com participação dos cidadãos escolhidos por sorteio.

"Temos de restaurar uma esperança de progresso para todos, pedindo a cada um o melhor de si mesmo, é assim que poderemos reconstruir verdadeiramente o que chamaria de arte de ser francês, a capacidade de discutir tudo em permanência", disse o presidente, durante o discurso.

A justiça fiscal foi um dos temas mais quentes dos protestos dos coletes amarelos. Mas Macron pôs de parte a hipótese de voltar a aplicar o imposto sobre as grandes fortunas, de forma de continuar a atrair investimento para o país. O presidente francês reconhece, no entanto, que a carga fiscal sobre os trabalhadores é já pesada.

"Vou ser claro: não quero uma subida de impostos. Quero baixar os impostos para quem trabalha, reduzindo significativamente o imposto sobre os rendimentos", anunciou Macron.

A idade da reforma aos 62 anos permanece intacta, mas Macron deixa o aviso: os franceses terão de trabalhar mais para fazer face às despesas.

"Temos de trabalhar mais, já disse, é o famoso debate que dura há semanas e é um eixo central, porque se formos a ver, França trabalha muito menos que os vizinhos. Em média, entramos mais tarde no mercado de trabalho, saímos mais cedo, e trabalhamos menos durante o ano. Portanto, precisamos de fazer um verdadeiro debate sobre o assunto, de forma a construirmos reais opções para seguirmos em frente. É essencial", afirmou.

Emmanuel Macron anunciou ainda a criação de um "concelho de defesa ecológica" e, no campo social, um mecanismo de garantia de pagamento de pensões alimentares.

Em vista, deixou uma "reforma profunda" das políticas migratórias do país.

Para pagar as contas, o presidente francês quer subtrair na despesa pública, uma solução que para o Emmanuel Macron se poderá alcançar através de uma reorganização do Estado.

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