Pequim organiza fórum para anunciar mais infraestruturas em todo o mundo. Vozes críticas denunciam a armadilha económica do programa "Uma Faixa, Uma Rota".
A China acenou e vários dirigentes mundiais, como o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, ou o russo, Vladimir Putin, responderam ao apelo, deslocando-se até Pequim para falar nos caminhos da Nova Rota da Seda.
Foram anunciados acordos na ordem dos 60 mil milhões de euros, maioritariamente infraestruturas espalhadas um pouco por todo o mundo. Um exemplo: a Huawei vai abrir um mega centro de dados no Quénia e o aeroporto de Nairobi vai ser desenvolvido.
Para que isto aconteça, salientou o presidente chinês, é preciso combater o protecionismo, ou o país não estivesse em guerra comercial com o governo de Donald Trump. Xi Jinping convidou os participantes a tomar posições, dizendo que "todos os países interessados nesta iniciativa poderão participar". E acrescentou ainda que vai "continuar a defender o princípio do crescimento em conjunto, feito de diálogo, cooperação e partilha de responsabilidades".
Já Vladimir Putin apontou para os mesmos alvos, declarando que "ninguém quer restrições, ninguém quer guerras comerciais. A não ser talvez aqueles que as começam. A esmagadora maioria dos países considera que todas as limitações que existem estão a prejudicar o desenvolvimento da economia mundial".
No reverso da medalha está o grande ceticismo europeu em relação aos contornos do chamado programa "Uma Faixa, Uma Rota". As vozes críticas denunciam os empréstimos concedidos por Pequim aos países envolvidos como uma armadilha que vai agravar a dependência económica no futuro.