Líder da Assembleia Nacional garantiu ter o apoio dos militares mas as Forças Armadas Venezuelanas estão divididas
Há muito que o rastilho estava aceso, esta terça-feira rebentou finalmente o barril de pólvora nas ruas da Venezuela. O dia começou com Juan Guaidó a dar início à "Operação Liberdade", a derradeira fase do plano para derrubar o regime de Nicolás Maduro.
Ambas as partes apelaram então à mobilização popular, os venezuelanos, de ambas as partes, responderam ao apelo e as cenas de violência sucederam-se inevitavelmente.
De Caracas surgem relatos de vários feridos, alguns deles atropelados por um veículo das Forças Armadas Bolivarianas, fiéis a Nicolas Maduro.
O anúncio de Guaidó foi feito junto à base militar de La Carlota, rodeado de aproximadamente 40 militares, no entanto as forças fiéis a Maduro não lhe permitiram entrar no quartel. O líder da Assembleia Nacional dirigiu-se então à Plaza Altamira, um bastião da oposição, onde foi recebido pelos seus apoiantes.
Já Nicolás Maduro garantiu no Twitter ter o apoio das principais figuras das Forças Armadas mas isso não significa que a vitória esteja assegurada. O cerco aperta e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, já veio admitir o uso de armas para travar a insurreição.