A informação, avançada por meios de comunicação social estatais, sublinha que os polícias ficaram feridos em confrontos com desempregados numa cidade do centro do país
Apesar da presença de um forte dispositivo policial no terreno a determinação mantém-se inalterada. Em toda a Argélia, os estudantes saem às ruas para reclamar uma mudança de sistema. É assim todas as terças-feiras.
Em Tinerkouk, cerca de 800 quilómetros a sul de Argel, instalou-se a violência. Pelo menos 24 polícias ficaram feridos em confrontos com manifestantes que lutam contra o desemprego. A informação foi avançada esta quarta-feira por meios de comunicação social estatais.
Os jovens bloquearam o acesso à câmara municipal e confiscaram equipamentos. Resistem às autoridades que querem manter a data de 4 de julho para as eleições presidenciais. Em Argel o cenário mantém-se.
Apesar da caça às bruxas levada a cabo pelo Exército parecer estar a dar frutos, os argelinos acreditam que ainda não é tempo de eleições. Reclamam principalmente a partida do presidente interino, Abdelkader Bensalah, um fiel aliado do antigo chefe de Estado, Abdelaziz Bouteflika, em nome de uma transição.
Mesmo perante a pressão do Exército e apesar do Ramadão e do calor que se sente no país, milhões de argelinos contam sair às ruas na sexta-feira, munidos da mesma esperança que acalentam de mudar a página do antigo regime.