30 anos depois, o mundo recorda Tiananmen

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De  Ricardo Figueira
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Pequim mantém o silêncio sobre o massacre de 4 de junho de 1989.

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Uma mulher de branco, com dois sacos na mão, a fazer face a um tanque - a cena passa-se em Paris e é uma homenagem ao homem, cuja identidade nunca foi conhecida, que há 30 anos enfrentou os tanques na praça Tiananmen, de Pequim.

É uma iniciativa da associação ACAT, para quem o atual regime chinês é ainda mais repressivo que o da altura do massacre.

"Queremos ao mesmo tempo celebrar esta figura e a nova resistência na China, que são os jornalistas, os advogados, as ativistas feministas, os dirigentes sindicais, estudantes. Apesar da sociedade ser hoje muito mais controlada e repressiva do que era há 30 anos, eles continuam a dar vida ao espírito de Tiananmen", diz Jade Dussart, dirigente desta ONG.

A União Europeia lembrou o trigésimo aniversário do massacre dos estudantes, trabalhadores e intelectuais que estavam concentrados há vários nesta praça central de Pequim para pedir democracia, através de um comunicado da alta representante da política externa, Federica Mogherini, que pede a "libertação dos ativistas dos direitos humanos detidos".

Para o governo chinês, este é praticamente um episódio que nunca existiu, já que Pequim mantém o silêncio. Não se sabe quantas pessoas terão morrido naquele dia 4 de junho de 1989, esmagadas pelos tanques O New York Times diz que entre 400 e 800 pessoas. Quanto ao homem que tentou parar os tanques, a identidade nunca foi confirmada. Há quem tenha avançado um nome e a informação de que teria sido executado, mas não há certezas.

Sequência completa do "homem do tanque"
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