Washington e Teerão trocam acusações sobre ataque a petroleiros no mar de Omã.
A tensão no Golfo aumenta, à medida que a autoria dos ataques a dois petroleiros no estreito de Omã, esta quinta-feira, permanece por apurar.
Um navio japonês e outro de origem norueguesa foram danificados por explosões. Os Estados Unidos apontam o dedo ao Irão, alegando que os estragos foram feitos por minas colocadas nos cascos dos navios. Para prová-lo, o Pentágono divulgou um vídeo em que alegadamente uma tripulação iraniana recolhe um engenho por detonar.
Os Irão reclama apenas terem resgatado 23 marinheiros envolvidos nos incidentes.
Por outro lado, os proprietários do petroleiro nipónico rejetiam a versão norte-americana dos acontecimentos, alegando terem sido alvo de "objetos voadores" ainda por identificar.
O presidente da companhia marítima Kokuka Sangyo, Yutaka Katada, afirmou, numa conferência de imprensa que "wntre uma explosão ou uma bala penetrante, tenho a sensação de que é uma bala penetrante. Se fosse uma explosão, haveria danos em lugares diferentes, mas isso é apenas uma suposição ou um palpite".
Pelo mar de Omã circula um terço de todo o petróleo do mundo transportado por via marítima. Um local estratégico que o Irão já ameaçou fechar, em caso de confronto militar com os Estados Unidos.
No entanto, as autoridades iranianas refutam e condenam as acusações dos norte-americanos.
Os incidentes desta quinta-feira aconteceram durante a vista oficial do primeiro-ministro japonês ao Irão. Shinzo Abe deslocou-se ao país num esfroço diplomático para alcançar a paz na região.