Inspetores da ONU confirmam que Irão quebrou o acordo nuclear

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De  Joao Duarte Ferreira
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A Agência Internacional de Energia Atómica confirmou que o Irão ultrapassou os limites de enriquecimento de urânio contidos no acordo nuclear de 2015

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Inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica confirmaram que o Irão ultrapassou os limites contidos no acordo nuclear de 2015 e relativos ao enriquecimento de urânio.

Esta segunda-feira o país ameaçou reativar centrifugadoras desativadas e aumentar o enriquecimento de urânio de 3,67 para 20%.

O anúncio marca o afastamento do acordo nuclear de 2015 o qual foi rejeitado por Washington no ano passado.

Segundo o porta-voz da agência nuclear iraniana, o anúncio vai mais além dos passos tomados pelo governo iraniano na semana passada no sentido de ultrapassar os limites no armazenamento de materiais nucleares estabelecidos no acordo.

A UE já apelou ao recuo destas medidas.

"Apelamos ao Irão no sentido de não tomar mais medidas que coloquem em causa o acordo de 2015. Apelamos ao Irão para parar e recuar em todas as atividades inconsistentes com o conteúdo do acordo nuclear de 2015. Isso inclui o enriquecimento de urânio para além dos limites definidos no acordo" disse Maja Kocijancic, porta-voz da Alta Representante da UE para a Política Externa, Federica Mogherini.

As duas ameaças invertem vários dos pontos altos do acordo. O Irão não especificou até onde poderia ir no regresso à situação pré-acordo na qual peritos ocidentais acreditavam que poderia construir uma bomba atómica no espaço de poucos meses.

"Se os restantes países que fazem parte do acordo, em particular os europeus, não cumprirem as suas promessas, e não fizerem mais nada do que falar, o Irão tomará um terceiro passo que será mais difícil e de certa forma surpreendente", afirmou o porta-voz do Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Mousavi.

O afastamento do acordo nuclear surge em resposta às sanções pelos EUA que eliminam os benefícios obtidos em troca da imposição de limites ao programa nuclear em 2015.

O confronto entre Washington e Teerão levou os dois países à beira de um conflito armado no mês passado.

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