O secretário-geral das Nações Unidas avalia pessoalmente as consequências dos ciclones Idai e Kenneth que mataram centenas de pessoas e provocaram enormes prejuízos económicos.
Dois dias de visita do secretário-geral das Nações Unidas a Moçambique com o objetivo de avaliar os danos provocados pelos ciclones Idai e Keneth.
António Guterres foi recebido calorosamente na chegada a Maputo e no encontro com o presidente Filipe Nyusi, antes de seguir para o terreno onde vai observar as consequências dos fenómenos que se abateram sobre a chamada Pérola do Índico.
O antigo primeiro-ministro português, que também vai falar com sobreviventes e governadores locais, considera que Moçambique é um dos países que precisam de um apoio acrescido neste género de catástrofes.
"Moçambique tem aqui uma autoridade moral inegável, porque é hoje claro que estes desastres naturais que se repetem cada vez com maior intensidade e maior devastação têm muito a ver com as alterações climáticas. Ora, Moçambique praticamente não contribui para o aquecimento global, mas Moçambique está na primeira linha das vitimas desse mesmo aquecimento global e isso dá-lhe o direito de exigir da comunidade internacional um forte apoio", declarou Guterres.
O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique em março e provocou 604 vítimas mortais e consequências em cerca de 1,8 milhões de pessoas.
Pouco tempo depois, o país voltou a ser atingido por um outro ciclone, o Kenneth, 45 pessoas morreram e outras 250.000 foram afetadas