Ex-dirigentes da telefónica francesa saberão em dezembro se são culpados de assédio moral, num processo que tem feito correr muita tinta em França.
Terminou o julgamento dos antigos dirigentes da France Telecom, mas o veredito só será conhecido a 20 de dezembro.
O então presidente da empresa, Didier Lombard e vários dos seus colaboradores estão acusados de assédio moral, num dos processos mais mediáticos em França.
O caso remonta aos anos em que France Telecom operou a transformação para a atual Orange. Havia 22 mil postos de trabalho a suprimir. Foi o caos na empresa. 19 funcionários acabariam por suicidar-se.
O advogado da defesa rejeita que tenha sido posta em prática uma estratégia de assédio e diz que "ninguém vai dirigir uma empresa para assediar as pessoas", mas
Nos espíritos das famílias, dos sindicatos e da opinião pública ficou a frase do presidente, Didier Lombart: As saídas vão fazer-se, se não for pela porta, será pela janela". Tanto mais que alguns dos suicíidos foram cometidos por defenestração.
O tribunal reteve o conceito de "assédio de gestão". A lei prevê um ano de prisão e 15 mil euros de multa de pena máxima para os ex-dirigentes da France Telecom, se forem considerados culpados.