Turquia enfrenta União Europeia devido a exploração ao largo de Chipre

Turquia enfrenta União Europeia devido a exploração ao largo de Chipre
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De  Francisco Marques com Reuters, Anadolu
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Perfurações em busca de gs e petróleo levaram Bruxelas a suspender contactos e apoios ao país liderado por Recep Tayyp Erdogan

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A Turquia não se deixa pressionar pela União Europeia (UE) após a decisão tomada segunda-feira, em Bruxelas, de suspender os contactos e os apoios ao país devido à exploração de gás e petróleo em curso ao largo da ilha de Chipre.

Esta terça-feira, o Ministério dos Negócios estrangeiros turco garantiu, em comunicado, que o país vai continuar as operações ao largo da ilha dividida há 45 anos entre cipriotas turcos e cipriotas gregos.

O atrito resulta da reivindicação de parte a parte de águas territoriais, com a União Europeia a tomar partido pelo respetivo Estado-membro.

Os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros concordaram suspender as negociações com a Turquia sobre o Acordo Bilateral de Transporte Aéreo, não levar por diante o Conselho de Associação e outras reuniões bilaterais previstas com responsáveis turcos, sugerindo ainda a redução da assistência pré-adesão turca em 2020 e apelando ao Banco Europeu de Investimento para rever as linhas de crédito turcas.

"Estas decisões não vão afetar de forma alguma a determinação do nosso país em manter as atividades de hidrocarbonetos no leste do Mediterrâneo", afirmou o Ministério, acrescentando que a UE se esqueceu de mencionar os cipriotas turcos nas suas decisões, "mostrando o quão parcial e partidária é na questão de Chipre".

O governo cipriota alega que as operações de perfuração turcas violam o direito internacional. A Turquia diz estar a defender os direitos dos cipriotas turcos à exploração das fontes de hidrocarbonetos ao largo da ilha.

No terceiro aniversário da alegada tentativa de golpe em Istambul, o Presidente da Turquia considerou que "os que apoiam a oposição em questões como a do leste do Mediterrâneo, de Chipre ou do Mar Egeu estão a ser enganados".

Recep Tayyp Erdogan criticou ainda aqueles que veem como "mera contestação política" a "luta travada pela Turquia nos domínios diplomático, económico e militar", nas quais entrou recentemente também a compra de mísseis russos S-400.

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