Astronauta francês continua a usar refletores postos na lua há 50 anos

Astronauta francês continua a usar refletores postos na lua há 50 anos
De  Euronews
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O Observatório da Côte d'Azur, em França, mede diariamente a distância entre a terra e a lua graças aos refletores deixados na lua pelos austronautas da Nasa, há cinquenta anos.

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Cinquenta anos após a missão Apolo 11, um astronauta francês continua a usar os instrumentos científicos colocados na lua.

A euronews entrevistou Clément Courde, Investigador do CNRS. "Desde 1981, enviamos impulsos laser sobre a lua, sobre o refletor instalado pela missão Apolo 11 e por Neil Armstrong e Buzz Aldrin. Todos os dias, quando o céu o permite, medimos a distância entre a nossa estação e o refletor", contou o engenheiro francês.

O Observatório da Côte d'Azur, em França, mede diariamente a distância entre a terra e a lua, que é, em média, de 384,467 mil quilómetros.

"Nós cronometramos. O impulso é criado aqui, sai do telescópio, chega ao refletor em um ou dois segundos, é refletido, leva um ou dois segundos a voltar. Deste modo, obtemos o tempo de voo e deduzimos a distância. Fazê-mo-lo dez vezes por segundo", explicou Clément Courde.

Clément Courde, Investigador no Centro Nacional de Investigação Cientifica em França

Os refletores deixados na lua pela missão da NASA fizeram a capa das revistas, em 1969, há precisamente 50 anos.

"Está aqui o painel Apolo 11, que foi colocado na lua há cinquenta anos. Mede 50 por 50 centímetros, com cem elementos catadióptricos, como se vê aqui. Tudo isto funciona há cinquenta anos!", frisou Clément Courde.

Painel colocado na lua pela equipa Apollo 11

A medição das pequenas variações do movimento da lua é útil para estudar a estrutura interna do satélite e a sua relação com o planeta terra. Este mês, os cientistas, voltaram a estimar o raio do núcleo do manto, cerca de 381 quilómetros.

"Ganhámos um factor três nesta estimativa. É um argumento para mostrar que apesar destes painéis terem sido colocados na lua há cinquenta anos, podemos sempre avançar cientificamente, há sempre questões às quais tentamos responder", conclui Clément Courde.

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