Organização não-governamental aguarda permissão para deixar em terra firme mais de 120 pessoas. Algumas necessitam de apoio médico imediato
Aos 121 migrantes, entre eles duas crianças e dois gémeos de nove meses, a bordo do navio humanitário "Open Arms" não resta outra alternativa que não esperar. É assim desde quinta-feira.
A embarcação operada pela organização não-governamental (ONG) Proactiva Open Arms salvou os migrantes ao largo da costa da Líbia mas continua a aguardar por um porto seguro para atracar.
De acordo com responsáveis da ONG alguns passageiros exibiam sinais violência sofrida na Líbia.
As autoridades italianas negaram o pedido de apoio da Proativa Open Arms. Mas os autarcas de Valência e da Catalunha solicitaram ao Governo espanhol autorização para o navio humanitário atracar nas cidades.
Há sete meses, o executivo espanhol baniu a organização não-governamental de completar missões de resgate no Mediterrâneo, alegando que a falta de condições na embarcação para realizar viagens longas.
Neste momento, algumas pessoas que se encontram a bordo deparam-se com problemas de saúde.
"O calor e a humidade estão a provocar casos de desidratação, desmaios e ansiedade", referiu o médico da Open Arms, Iñas Urrusolo.
Neste momento o barco encontra-se em águas internacionais, perto da ilha italiana de Lampedusa. É uma das embarcações a operar no Mediterrâneo a par do Ocean Viking e do Alan Kurdi.
No domingo, 40 migrantes que estavam a bordo do navio humanitário alemão Alan Kurdi desembarcaram em Malta depois de ser alcançado um acordo de repartição entre vários países europeus.
Para os passageiros do Open Arms, porém, mantém-se a espera.