Milhares de pessoas marcharam contra o fascismo, em Dresden, Alemanha, depois de as sondagens porem a extrema-direita à frente nas intenções de voto.
Com as eleições regionais à porta, milhares de pessoas marcharam em Dresden, na Alemanha, contra o racismo. É que nesta cidade da região da Saxónia, os partidos de extrema-direita têm florescido e conquistado uma importante base de apoio.
Entre os manifestantes, Olaf Scholz. O ministro das Finanças, que já se mostrou disponível para concorrer à liderança do Partido Social-Democrata alemão, defende que o país é indivisível e "retira a força da diversidade", sendo importante olhar "para o futuro de mente aberta", sem "ressentimentos", nem "racismo".
Para Ana-Cara Methmann, porta-voz do coletivo #Unteilbar, as sondagens mostram que os partidos e movimentos democráticos terão de enfrentar uma Alternativa para a Alemanha (AfD) consolidada. "É por isso que hoje é ainda mais importante mostrarmos que somos pela solidariedade na nossa sociedade", alega.
De acordo com as sondagens no início deste mês, a extrema-direita, encabeçada pela AfD, surge à frente, com 23% das intenções de voto, acima dos 22% da União Democrata-Cristã (CDU) da chanceler Angela Merkel, nos estados do Leste da Alemanha.