Bolsonaro aprova milhões para combate militar ao fogo na Amazónia

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De  Francisco Marques com France Press
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Pressão internacional, nomeadamente de membros da União Europeia, aumenta sobre o Brasil devido à situação numa floresta que também abrange território francês

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O Brasil aprovou sábado à noite um orçamento de 38,5 milhões de reais (quase 8,5 milhões de euros) para financiar as operações militares aprovadas de véspera por Jair Bolsonaro no combate aos incêndios na Amazónia.

A decisão surge na sequência da forte pressão internacional sobre o Brasil, nomeadamente de Estados-membros da União Europeia como a França, que ameaça bloquear o acordo comercial com a Mercosul, ou a Alemanha, que já suspendeu as contribuições do Fundo Amazónia.

Na sexta-feira, o Presidente do Brasil assinou um decreto a autorizar o envio de forças militares para a região da Amazónia.

Pelo menos seis estados brasileiros (Roraima, Rondónia, Tocantins, Pará, Acre e Mato Grosso) já formalizaram pedidos de ajuda ao Governo, única forma de poderem contar com as Forças Armadas.

O ministério da Defesa brasileiro tem vindo a divulgar imagens dos dois aviões C-130 Hércules mobilizados para o combate aos incêndios.

As duas aeronaves estão a operar a partir de Porto Velho, no estado de Roraima, integrando equipamento especial de combate a incêndios, com cinco tanques e dois tubos, cada, podendo transportar em cada viagem cerca de 12 mil litros de água.

Além do Brasil, a Bolívia é o país mais afetado pelo fogo, num ano já descrito pela agência espacial norte-americana (NASA) como o pior desde 2010 em termos de queimadas, uma das principais causas dos atuais incêndios a lavrar na floresta com maior biodiversidade do mundo.

O diretor da Autoridade de Fiscalização e Controlo de Florestas da Bolícia revelou ser já uma área de 950 mil hectares a afetada pelos incêndios a lavrar na Amazónia, uma região que abrange nove países, incluindo a França, através da Guiana Francesa.

O governo de Emmanuel Macron tem sido, por isso, um dos mais interessados na tragédia em curso na Amazónia e admite inclusive bloquear o recente acordo celebrado entre a União Europeia e a Mercosul devido à alegada passividade ambiental do governo liderado por Jair Bolsonaro.

Os incêndios na Amazónia são um dos temas mais "quentes" na agenda de trabalhos do G7, reunidos numa cimeira em Biarritz, no sudoeste de França, até esta segunda-feira.

Outras fontes • Agência Brasil, Globo

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