Bolsonaro impõe condições para aceitar ajuda na Amazónia

Bolsonaro impõe condições para aceitar ajuda na Amazónia
Direitos de autor 
De  João Paulo Godinho
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O presidente brasileiro quer que o homólogo francês, Emmanuel Macron, retire as acusações que fez após a cimeira do G7.

PUBLICIDADE

O Brasil admite aceitar ajuda internacional para o combate aos incêndios na Amazónia, mas exige condições para a aceitação das verbas, nomeadamente o reconhecimento da soberania do Governo brasileiro.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, admitiu na terça-feira apenas aceitar os 18 milhões de euros do G7 (que junta os países mais industrializados do mundo) para combater as chamas que devastam há quase três semanas a maior floresta tropical do mundo se o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, retirar aquilo que considerou como insultos.

"Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que ele fez à minha pessoa. Ele me chamou de mentiroso. E que a nossa soberania está em aberto na Amazónia", afirmou o líder brasileiro, no Palácio da Alvorada, em Brasília.

"Para conversar, ou aceitar qualquer coisa da França, [mesmo] que tenha as melhores intenções do mundo, ele [Macron] vai ter de retirar estas palavras e, daí, a gente pode conversar", acrescentou o Presidente brasileiro, que mais tarde esteve reunido com governadores da região amazónica.

Na semana passada, o Governo francês disse que Bolsonaro havia mentido quando garantiu, na recente reunião do G20 - que juntou líderes das 20 maiores economias do mundo no Japão - o compromisso em preservar o meio ambiente.

Paralelamente, os incêndios na Amazónia acenderam também o debate em países vizinhos, como Peru e Colômbia, que possuem uma parte da floresta. Os presidentes das duas nações, o colombiano Ivan Duque e o peruano Martin Vizcarra, propuseram uma cimeira e a assinatura de um pacto de defesa da região amazónica.

A Amazónia estende-se por cinco milhões e meio de quilómetros quadrados e nove países, sendo considerado o pulmão do planeta.

Outras fontes • Reuters / Globo / Lusa

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Fogos na Amazónia tornam Manaus irrespirável

Supremo Tribunal Federal derruba tese do marco temporal

Lula demarca novas terras indígenas no Brasil