Os estudantes do ensino secundário e os trabalhadores de um hospital juntaram-se à greve e às manifestações desta segunda-feira em Hong Kong.
É mais um dia de protestos em Hong Kong após o fim de semana de tumultos mais violentos.
Esta segunda-feira, os estudantes das escolas secundárias responderam ao apelo à greve e juntaram-se à manifestação pró democracia na Praça de Edimburgo. Um dos jovens explica as razões pelas quais se juntaram ao protesto:
"A razão pela qual me atrevo a sair e a juntar-me à multidão não é porque quero mudar tudo na sociedade, mas quero dizer a todos que nesta sociedade, este grupo de jovens são pessoas com esperança e queremos que nos ajudem e nos apoiem. E quer nos apoiem ou não, esperamos que não utilizem violência contra nós".
Também os trabalhadores do Hospital Queen Mary decidiram juntar-se ao protesto realizando uma cadeia humana ao longo dos corredores do hospital.
A greve desta segunda-feira segue-se a um dos fins de semana mais violentos que a cidade conheceu desde o início dos protestos. O assessor do chefe da polícia, Mak Chin-ho, disse, em conferência de imprensa, que os manifestantes não têm qualquer respeito pela segurança nem pela vida das pessoas: "Os manifestantes radicais agora usam bombas de gasolina que podem queimar mais e mais violentamente, causando mais danos. Se alguém for atingido por uma bomba de gasolina, as consequências podem ser inconcebíveis. Estamos a ver que os manifestantes radicais perderam completamente o controlo e não têm nenhuma consideração pela vida e segurança do público ".
No último fim de semana 159 pessoas foram detidas, a mais nova das quais com 13 anos.
Em resposta às declarações da chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, que instou o governo de Hong Kong a respeitar o direito de manifestação e expressão, Pequim pede a Bruxelas que apoie o governo do território, em vez de criticar. A China considera que nenhum governo europeu ficaria quieto com tumultos assim no seu país.