Milho: o "Ouro" de Angola

Milho: o "Ouro" de Angola
De  Chris Burns
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Esta semana, no Business Angola, vamos conhecer as oportunidades de agro-investimento da Província de Malanje

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O maior produtor de cerveja de Angola importa uma grande quantidade de milho para fazer a sua cerveja. Agora, o Grupo Castel, sediado em França, começou a cultivá-lo em Malanje, um lugar que mais uma vez se está a tornar um celeiro para o país. É um exemplo de como as empresas internacionais estão a ajudar Angola a diversificar a sua economia.

Nesta edição do Business Angola, vamos conhecer as oportunidades de agro-investimento da Província de Malanje,

O Grupo Castel, com sede em França, investiu numa quinta para cultivar milho e para economizar na importação da safra. O milho é moído para fabricar as cervejas angolanas mais vendidas. A empresa comprou uma concessão de 5000 hectares ao governo.

O dono da quinta, Sebastien Ducroquet, mostrou-nos a colheita - há duas por ano graças ao clima quente. Este ano eles esperam cerca de 3000 toneladas.

"Estamos na margem do rio Kwanza, que faz fronteira com cinco quilómetros da nossa propriedade. Como fazemos irrigação, é ideal ter um grande rio aqui perto. O solo é de boa qualidade e temos bons acessos por estrada à capital, Luanda. Para exportar a produção é realmente uma vantagem".

Utilizando a água do rio Kwanza, a quinta vai instalar irrigação por aspersão para aumentar as colheitas. E há planos para outros investimentos nos próximos anos.

"Em 2020 vamos instalar silos com capacidade de armazenamento de 20.000 toneladas, com um secador para o milho. Em cinco ou seis anos, teremos um moinho de milho para produzir grãos para fornecer às nossas cervejaria (...) Vamos comprar milho a outras propriedades como a nossa em Angola e também a pequenos produtores que trabalham perto da nossa quinta".

Dirigimo-nos para oeste para ver uma dessas cervejeiras fora da capital, Luanda, que produz milhares de garrafas por hora. Fazemos uma visita com Philippe Frédéric, o líder do Grupo Castel em Angola, uma empresa que investe há 25 anos e emprega 5000 pessoas no país.

"Vale a pena porque é um país geograficamente muito grande, com um potencial relativamente grande e uma população jovem. Hoje sabemos que Angola tem um enorme potencial agrícola para a produção de cereais (...)É atrativo porque hoje em dia importamos a maior parte das nossas matérias-primas. É lógico que as principais indústrias tentam mproduzir internamente as matérias-primas possíveis de fabricar ".

Este tipo de diversificação também faz sentido para instituições financeiras como o Standard Bank. A euronews falou com Yonne Castro, com um dos membros do conselho do banco, sobre a província de Malanje.

"O potencial da província do Malanje é imenso. É uma das províncias que tem maior potencial agrícola. Não apenas pelos seus solos férteis, mas por ter muita água e também pelo seu grande potencial para o turismo".

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