A operação 'Nascente de Paz' já está no terreno e vários agentes da comunidade internacional já manifestaram o seu repúdio pela ofensiva na Síria.
A ofensiva da Turquia na fronteira com a Síria já se faz sentir na cidade de Ras al Ain. Várias explosões abalaram a cidade, naquele que é o primeiro passo da operação 'Nascente de Paz' para abrir uma faixa de segurança de 32 quilómetros naquele território controlado pelos curdos.
No entanto, multiplicam-se as críticas à intervenção turca. O presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, garantiu que o país não apoia a ofensiva e que fez saber ao homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan que era "uma má ideia".
Já a Comissão Europeia, através do presidente Jean Claude Juncker, pediu o fim dos ataques. "Apelo à Turquia, bem como aos outros intervenientes envolvidos, para agirem com contenção e pararem as operações que estão neste momento em curso. Esta ação militar não vai levar a um bom resultado e temos de chamar à atenção os nossos amigos turcos", declarou
Para quinta-feira está já marcada uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas para analisar esta matéria.
Paralelamente, a União Europeia condenou a intervenção e a NATO, pela voz do secretário-geral, Jens Stoltenberg, alertou para os riscos que esta operação coloca a tudo o que foi conseguido em conjunto com a Turquia no combate ao Daesh.
"Estou a contar que a Turquia aja de forma comedida e que assegure que qualquer ação que tenha no norte da Síria seja com conta, peso e medida. Não podemos colocar em risco os benefícios que conseguimos contra o nosso inimigo comum do Estado Islâmico", frisou.
O nordeste da Síria é controlado pelas forças curdas, consideradas inimigas pelo regime do presidente turco Recep Tayyip Erdogan.