Centenas de pessoas protestaram em Bruxelas, quarta-feira, contra a ofensiva turca na Síria. Os manifestantes pedem uma zona de exclusão aérea sobre o território administrado pelos curdos no nordeste da Síria - conhecido por Rojava -, a expulsão da Turquia da NATO e outra postura da União Europeia.
Centenas de pessoas protestaram em Bruxelas, quarta-feira, contra a ofensiva turca na Síria. Os manifestantes pedem uma zona de exclusão aérea sobre o território administrado pelos curdos no nordeste da Síria - conhecido por Rojava -, a expulsão da Turquia da NATO e outra postura da União Europeia.
"A União Europeia apoia os curdos há muitos anos e agora estamos a ser uma completa desilusão para eles. (o presidente dos EUA) Trump já não quer defendê-los e os europeus agora também não. Penso que é uma vergonha. A União Europeia tem que ser um bloco consensual e defender Rojava", disse um manifestante.
Mas ao nível do Conselho Europeu, que reúne os Estados-membros, falta consenso, nomeadamente com a Hungria a recusar-se a criticar o regime do Presidente Erdogan. De recordar que este país deveria ficar com a pasta do do Alagarmento e Vizinhança no próximo executivo comunitário, sendo a Turquia ainda um dos candidatos à adesão.
"Temos que falar a uma só voz, não podemos permitir que um Estado-membro, no caso a Hungria, dê uma facada nas costas da política externa da União Europeia. Acho que (a futura presidente da Comissão Europeia) Ursula von der Leyen deve compreender o que significa colocar um comissário indigitado por Viktor Orbán (primeiro-ministro húngaro) na pasta do Alagarmento e Vizinhança", disse Udo Bullmann, eurodeputado socialista alemão.
Os ministros dos Negócios Estranegeiros dos Estados-membros debateram, segunda-feira, um eventual embargo de armas contra a Turquia, que deverá ser analisado na cimeira da União Europeia.